segunda-feira, 2 de março de 2009

Dia 2: Mulheres na Música

Eu gosto de vozes e instrumentos graves, músicas mais pesadas, por isso tenho uma certa tendência a preferir bandas com vocais masculinos. Mas nada me agrada mais do que uma mulher kicking ass. Especialmente se ela tiver um vozeirão de botar marmanjo no chinelo.

Metal é meu estilo de música. Não o único, mas o principal. Infelizmente, não se vê muitas mulheres circulando na 'cena' (pelo menos em comparação aos homens) e, quando elas estão lá, raramente têm o devido reconhecimento. Obviamente não estou falando dos setores 'góticos' ou 'melódicos' da força. Essas são as alas em que mulheres são bem vindas. Por quê? Porque lá elas podem abusar do vocal lírico ('feminino') e carregar na maquiagem.

Outros estilos de metal, no entanto, costumam 'rejeitar' mulheres. As que são reconhecidas aparentam o serem mais pela beleza do que outra coisa - vide Angela Gossow; nada contra ela, mas outras mulheres antes dela já faziam o que ela faz e não obtiveram o mesmo destaque.

É por essas e outras que eu tenho crises de felicidade quando algumas gurias aparecem pra contrariar a lógica das coisas. Exemplo: Masha 'Scream' Arhipova. Considero-a a mulher mais foda que já subiu num palco do metal.


Masha mudou a típica imagem da mulher com vozinha de elfa do folk metal. Ela canta gutural, altera com vocais limpos e mantém pose de guerreira em cima do palco. Em paralelo com o Arkona, Masha mantém um outro projeto, o Nargathrond, de black metal, onde ela, ao contrário de outras mulheres do meio, não precisa apelar pra artifícios 'femininos' pra conseguir seu espaço.

Antes do Arkona se formar, em 2002, quem me dava felicidade era a Federica 'Sister' De Boni. De Boni cantava na banda italiana de power metal White Skull. Infelizmente, ela encerrou a carreira no hall das garotas que não receberam o crédito que mereciam.

E aqui eu estou falando só de vocalistas, que é o lugar mais ocupado por mulheres. A escassez de garotas tocando guitarria, bateria e baixo é deprimente. Os únicos instrumentos que as mulheres aparecem tocando são aqueles que caem no velho campo do feminino: teclado e violino (esse último, ainda assim, vez ou outra).

[Outras bandas women friendly que eu gosto são Gallhammer, Tymah, Darkened Nocturn Slaughtercult e o vozeirão da Alžběta Hejnová na banda tcheca de death metal Stigma.]


Fora do metal

No entanto, felizmente existem outras praias onde as mulheres se aventuram mais e que dão bons resultados, como o punk e o hardcore. Bandas como Hole, Bikini Kill, L7, Team Dresch, Lunachicks, Joan Jett & The Blackhearts, The Runaways, Elastica, Dominatrix, Bratmobile e Bulimia fizeram minha cabeça enquanto eu crescia. Não esquecendo, é claro, de bandas que mais tarde eu conheci e que estão entre as favoritas até hoje: Kittie, Sleater-Kinney, Sahara Hotnights, The Organ, Crucified Barbara, Siete Armas, The Butchies.

Outros projetos mais alternativos também me agradam. Rasputina, Nina Hagen e a badalada Uh Hu Her que o digam.

Pra quem quiser conferir, eu sugiro essa comunidade de downloads no Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=35131645

...e estes dois blogs, onde você vai encontrar diversão por muito tempo:
http://guitarwomen.blogspot.com/
http://femme-extreme.blogspot.com/

Fuck'em, girls!