terça-feira, 30 de setembro de 2008

Mudanças na Língua Portuguesa

HÍFEN

Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"

TREMA
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados

ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)

ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"

ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"

ACENTO AGUDO
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem

GRAFIA
No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"
2. será eliminado o "h" de palavras como "herva" e "húmido", que serão grafadas como no Brasil -"erva" e "úmido"

[ Fonte: Folha de São Paulo ]


Sinceramente? Horrível! A minha vontade agora é de falar miguxês!

Deveria entrar na categoria 'funny stuff on the internet'.

I heart mustaches

Apenas uma pequena homenagem ao Victor. HOHOHOHOHO!

domingo, 28 de setembro de 2008

Borboleta / Hu Die

Dirigido por Yan Yan Mak
Hong Kong, 2004 – 124 min.
Com: Josie Ho, Yuan Tian, Eric Kot, Stephanie Che, Yat Ning Chan.

.

Não é muito indicado para pessoas que gostam de ação. Apesar do esquema de cenas curtas, achei o filme um tanto parado. Mas é bom.

Ainda na onda do 'get over it'...

Eu estava pensando, por esses dias, como é engraçado não ser hétero. Bem, eu não posso dizer que sou 100% dyke, porque não é verdade; eu gosto de homens, também. Mas, independente disso, eu tenho cara de sapa. Não sou uma mocinha meiguinha de família, falo besteira com os meninos e não tenho problema nenhum em me sentar de qualquer jeito. Meu cabelo é curto e eu não sou exatamente delicada.

Por essas e outras, acabo passando por situações, digamos, desconfortáveis. As pessoas, em geral, sabem que eu não sou hétero só de olhar, e boa parte delas não gosta disso. Principalmente as gurias hétero. Se você é lésbica ou bi, sabe disso. Elas correm e se escondem. Não acham muito engraçada a idéia de ficar sozinha com você em qual situação for.

Terça-feira, na academia, eu precisei usar um dos escaninhos do vestiário pra guardar minha mochila. Geralmente já vou malhar com a roupa certa, mas desta vez eu fui direto da aula para lá, então precisei me trocar. A moça que me atendeu foi super simpática, me emprestou um cadeado e disse que eu poderia deixar a chave lá na recepção e pegar depois do treino. Quando fui lá, uma outra moça estava atendendo; eu a cumprimentei, ela respondeu e virou o rosto, visivelmente incomodada (eu já havia notado diferenças no tratamento dela comigo e outras pessoas). Eu só sorri, pedi a chave, virei as costas e fui para o vestiário. Depois, para minha felicidade, quem pegou a chave de volta foi a outra moça.

Obviamente eu fiquei incomodada, pois não era minha intenção, nem de longe, pertubar a guria, e me preocupa que as pessoas fiquem assim se eu estou por perto. Mas, na hora, achei tão engraçado que quase respondi: "Moça, não fica com medo de mim; você não faz meu tipo". A verdade é que hora ou outra eu ainda vou acabar falando isso.

.

A outra mulher, em compensação, mais velha e muito mais bonita, eu não recusaria. Lol!

sábado, 27 de setembro de 2008

Breaking homophobia


Stonewall

Do Outro Lado / Auf der anderen Seite



Dirigido por Fatih Akin
Alemanha / Turquia / Itália, 2007 – 122 min.
Com: Nurgül Yesilçay, Baki Davrak, Tuncel Kurtiz, Hanna Schygulla, Patrycia Ziolkowska, Nursel Köse.

.

'Desencontros' é a palavra mais adequada para descrever o filme.

É um tanto previsível, mas de uma maneira diferente. Você sabe que vai acontecer, mas acontece antes do que você imagina. Quando você menos espera, já foi.

Indicado ao Oscar de melhor filme em língua não-inglesa e vencedor em Cannes como melhor roteiro.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Coisas que eu ouço #4

Florzinha

"Thais, Thais, que menina mais bonitinha
Até parece uma florzinha
Cada dia que passa ela me bate mais
Mas mesmo assim ela é supimpa demais
Thais Thais parece uma orquídea
Mas tenho dúvida porque acho que ela é uma margarida
Thais Thais doce menina!"
[ Victor ]

Eu tenho amigos tãããão criativos.

Breves comentários:

1. O terceiro verso é mentira;
2. Meu verso favorito: "Mas tenho dúvida porque acho que ela é uma margarida"; fico pensando o que será que ele quis dizer com isso...
3. Nem minha vó usa 'supimpa' - e vocês ainda não o ouviram falar 'garboso'.
4. Sim, ele recitou.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Paradise Lost

"Is this the region, this the soil, the clime,
Said then the lost Arch Angel, this the seat
That we must change for Heaven; this mournful gloom
For that celestial light? Be it so! since he,
Who now is Sovran, can dispose and bid
What shall be right: farthest from him is best,
Whom reason hath equalled, force hath made supreme
Above his equals. Farewell, happy fields,
Where joy for ever dwells! Hail, horrours! hail,
Infernal world! And thou, profoundest Hell,
Receive thy new possessour! one who brings
A mind not to be changed by place or time:
The mind is its own place, and in itself
Can make a Heaven of Hell, a Hell of Heaven.
What matter where, if I be still the same,
And what I should be; all but less than he
Whom thunder hath made greater? Here at least
We shall be free; the Almighty hath not built
Here for his envy, will not drive us hence:
Here we may reign secure, and, in my choice,
To reign is worth ambition, though in Hell:
Better to reign in Hell, than serve in Heaven!"
[ John Milton, Paradise Lost ]

Caramelo / Sukkar Banat


Dirigido por Nadine Labaki
França / Líbano, 2007 – 95 min.
Com: Nadine Labaki, Yasmine Elmasri, Joanna Moukarzel, Gisèle Aouad, Sihame Haddad.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Cthulhu em Toy Art


Vai falar que você não quer uma toy art do futuro presidente dos Estados Unidos?

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O Livreiro de Cabul - Åsne Seierstad



"A irmã mais veha de Shakila, Feroza, cobre parcialmente o casal com uma manta, segurando um espelho na frente deles. Os dois devem se olhar no espelho. Conforme a tradição, é este o momento em que seus olhos se encontram pela primeira vez. Wakil e Shakila olham fixamente o espelho, como devem, como se nunca tivessem se visto antes. Feroza segura o Alcorão sobre suas cabeças, enquanto um mulá lê as bênçãos. De cabeça baixa recebem as palavras de Deus."

Cultura, Oriente Médio, mulheres do Oriente Médio, livro-reportagem. Tudo o que eu gosto. Sou suspeita pra falar, mas achei o livro ótimo, salvo algo tendencioso que provavelmente há.

O livro foi escrito por uma jornalista norueguesa, Åsne Seierstad, que durante algum tempo viveu com uma família afegã. Fala justamente do cotidiano da família em meio ao rebuliço pós-queda do Talebã. O livro foi altamente contestado pelo próprio livreiro, que tempos depois escreveu um livro em resposta, Eu sou o Livreiro de Cabul, sendo que este, apesar de já estar 'velho', eu ainda não li - mas vai ser o próximo que vou comprar.

Em suma, vale a pena.

Título original: Bokhandleren i Kabul
Subtítulo: -
Autora: Åsne Seierstad
Tradução: Grete Skevik
Editora: Record
Assunto: Viagem / Usos e costumes
Edição: 12º
Páginas: 316

Se eu votasse nos EUA...


...eu escolheria Cthulhu.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Θαις

Uma outra loucura minha é com nome. E pro meu nome nunca tem nada, as explicações sempre sem graça. Thais, grego antigo, Θαις. Na verdade, desconfio enormemente que seja um nome fenício, mas deixo isso pra outro dia.

Graças ao 'A Porta da Rua', blog que leio, acabei chegando a este site. Entre outras informações interessantes - ainda que poucas em relação a outros nomes -, achei uma pesquisa sobre as impressões que o nome deixa. De acordo com os dados atuais:

72% das pessoas acham 'Thais' um bom nome; 78%, um nome feminino; 64% consideram um nome clássico; 52%, um nome jovem; 56%, formal; 68%, um nome de classe alta; 54%, um nome urbano; 72%, saudável; 52%, delicado; 78%, refinado; 76%, estranho; 60%, simples; 72%, sério; e, 58%, nerdy.

Paixão Índia - Javier Moro

"Com o menino nos braços, Anita abre passagem entre os criados, que a fitam em silêncio; depois, entrega-o ao eunuco vestido de fúcsia. Este pega-o delicadamente e de repente põe-se a dançar, girando e gingando ao ritmo dos chocalhos costurados na saia e dos pandeiros dos outros. "O bebê é tão forte quanto Shiva, e suplicamos ao Deus todo-poderoso que nos entregue os pecados de suas vidas anteriores...", cantam todos em grupo enquanto os outros se unem à dança. Ao mesmo tempo, o eunuco vestido de fúcsia pega um pouco de pasta vermelha de uma caixinha e com o dedo indicador desenha um ponto na testa do bebê. Com esse gesto simbólico, as culpas anteriores do filho de Anita passam para os eunucos. E eles ficam contentes, porque assim cumprem sua missão, que a Índia das mil castas lhes determinou ao atribuir-lhes o papel de bodes expiatórios. Acabam dançando em honra à mãe, e jogam grãos de arroz sobre a cabeça de Anita. A temperatura sufocante não estraga o ambiente. É uma festa espontânea, improvisada, alegre e ruidosa. Anita, para quem há poucos minutos aqueles indivíduos pareciam estranhos, distantes e temíveis, agora os vê como seus amigos."
.

Paixão Índia conta a história de Anita Delgado, a espanhola que se tornou a maharani Prem Kumari de Kapurthala após se casar com o maharaja sir Jagatjit Singh Bahadur de Kapurthala. Não é nem de longe a mais bem contada das histórias; o estilo de Moro é cansativo e forçado. Mas é interessante para observar a cultura indiana.

O trecho que eu escrevi foi escolhido propositalmente, com a intenção de mostrar a leve participação dos hijras na história.

Um filme baseado no livro, estreado por Penélope Cruz, estava previsto para 2006, mas aparentemente um dos descendentes do marajá se opôs às filmagens, alegando que o livro distorce a realidade.


Título original: Pasión India
Subtítulo: -
Autora: Javier Moro
Tradução: Sandra Martha Dolinsky
Editora: Planeta
Assunto: Biografia / História
Edição:
Páginas: 389

The Offspring no Planeta Terra Festival 2008


"O Planeta Terra Festival 2008 confirma mais uma atração internacional: o quarteto americano The Offspring, que se junta a mais 12 atrações no dia 8 de novembro, na Villa dos Galpões, em São Paulo."
[ Terra ]


...

Eu vou começar a me abster de comentários.

sábado, 20 de setembro de 2008

Viva!


Segundo o Okazu e o Shoujo Café, lá vem mais uma temporada de Maria-sama ga Miteru! A estréia está prevista para janeiro. Não vejo a hora!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O Amor nos Tempos do Cólera - Gabriel García Márquez



"Fermina Daza percebeu em breve que o pai estava procurando amolecer seu coração. No dia seguinte da serenata tinha dito, de modo casual: 'Imagine só como se sentiria sua mãe se soubesse que você é requestada por um Urbino de la Calle.' Ela replicou com secura: 'Morreria de novo dentro do caixão.'"









Título original: El Amor en los Tiempos del Cólera
Subtítulo: -
Autora: Gabriel García Márquez
Tradução: Antônio Callado
Editora: Record
Assunto: Romance
Edição: 26º
Páginas: 429

A mulher que bateu Steve Vai



Vicki Genfan, vencedora do Guitar Player Superstar 2008.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Cem Anos de Solidão - Gabriel García Márquez



"José Arcadio não se atreveu a sair de casa por vários dias. Bastava escutar a gargalhada trepidante de Pilar na cozinha para se esconder correndo no laboratório, onde os aparelhos de alquimia tinham revivido, com a bênção de Úrsula. José Arcadio Buendía recebeu com alvoroço o filho extraviado e iniciou-o na busca da pedra filosofal, que tinha por fim empreendido. Uma tarde, os rapazes se entusiasmaram com o tapete voador, que passou veloz ao nível da janela do laboratório, levando o cigano condutor e várias crianças da aldeia, que faziam alegres cumprimentos com a mão, e José Arcadio Buendía nem sequer olhou. "Deixe que sonhem", disse. "Nós voaremos melhor que eles, com recursos mais científicos que essa miserável colcha". Apesar do seu fingido interesse, José Arcadio nunca entendeu os poderes do ovo filosófico, que simplesmente lhe parecia um frasco malfeito. Não conseguia fugir da preocupação. Perdeu o apetite e o sono, sucumbiu ao mau humor igual ao pai diante do fracasso de alguma das suas empresas, e foi tal o seu transtorno que o próprio José Arcadio Buendía o liberou dos deveres no laboratório, achando que ele tinha levado a sério demais a alquimia. Aureliano, evidentemente, percebeu que a aflição do irmão não tinha origem na busca da pedra filosofal, mas não lhe conseguiu arrancar nenhuma confidência. Tinha perdido a sua antiga espontaneidade. De cúmplice e comunicativo fez-se hermético e hostil. Ansioso de solidão, picado por um virulento rancor contra o mundo, certa noite abandonou a cama como de costume, mas em vez de ir à casa de Pilar Ternera perdeu-se no tumulto da feira. Depois de perambular por toda espécie de máquinas de diversão sem se interessar por nenhuma, fixou-se em algo que não estava no jogo: uma cigana muito jovem, quase uma garota, afogada em miçangas, a mulher mais bela que José Arcadio tinha visto na vida. Estava entre a multidão que presenciava o triste espetáculo do homem que se transformara em víbora por desobedecer aos pais."


Quem me conhece, sabe: García Márquez é de longe meu autor favorito. Adoro realismo fantástico, e ele é o mestre, na minha opinião. Cem Anos de Solidão foi o livro que reacendeu minha loucura por leitura, então é sempre o primeiro livro que me vem à mente quando alguém me pergunta qual o meu favorito. É rápido, as coisas acontecem sem te dar chance pra respirar. E você tem que ler com muita calma, de preferência anotando os nomes, porque, acredite, não conheço uma só pessoa que tenha conseguido acompanhar na primeira tentativa. Os nomes se embolam, você se perde e tem que começar tudo outra vez. É fantástico.

Título original: Cien Anõs de Soledad
Subtítulo: -
Autora: Gabriel García Márquez
Tradução: Eliane Zagury
Editora: Folha de São Paulo
Assunto: Romance
Edição: -
Páginas: 383

BH destruída

"Como na segunda-feira, poucos minutos de chuva foram suficientes para causar estragos na Grande BH. Choveu granizo em Betim, Contagem e alguns pontos de Belo Horizonte, principalmente no Gutierrez e na região da Pampulha. Pessoas que passavam pelo local afirmaram que o chão estava branco, tomado de pedras de gelo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, no bairro Jardim das Alterosas, parte do telhado de uma casa desabou, mas ainda não há registro de feridos.

No bairro São Luiz, na região da Pampulha, vários carros ficaram completamente destruídos. Há também registro de queda de árvores no local. Em Contagem, no bairro Novo Progresso, o telhado de duas empresas e de uma igreja desabou. Além disso, várias casas estão alagadas.

Ainda em Contagem, a avenida João César de Olioveira ficou alagada. O vídeo em anexo mostra o momento da chuva, que pegou muita gente de surpresa. Pessoas correram para tentar se esconder das pedras de gelo. O temporal assustou às pessoas que circulavam nos ônibus pela região por onde a chuva de granizo passou.

O Anel Rodoviário que já estava com trânsito lento por causa de obras ficou praticamente parado. No momento em que começou a cair granizo, a visibilidade era próxima de zero e os carros precisaram acender os faróis e o pisca-alerta para diminuir o risco de colisões."

[ Fernanda Penna, Portal O Tempo ]


A reportagem está até anemizando bem os estragos. Aqui no condomínio vários vidros foram estilhaçados, carros quebrados. A Theresa chegou dizendo que no campus tá pior. O carro do pai dela também ficou marcado. E tem ambulância passando por aqui de tempos em tempos.

Pra quem quiser ver, tem um videozinho que a jornalista fez a caminho do serviço, mas não dá pra ver quase nada. Nessas horas eu queria ter uma máquina pra registrar...

.

Update: Notícia no site da UFMG.

Virago Modern Classics Special Editions


WOW! Eu estava de bobagem, passando pelo site da Virago Modern Classics, quando dei de cara com a as edições especiais de alguns livros em comemoração aos trinta anos da editora.

As capas ficaram lindas, especialmente a de Valley of the Dolls. Inveja de quem está na Inglaterra agora, e saudades do irmão da Anika trazendo os livros de lá pra mim (lol! Sorry, baby).

Da esquerda para a direita, começando pela fileira de cima, os livros:

- A Far Cry from Kensington - Muriel Spark
- A Game of Hide And Seek - Elizaneth Taylor
- Their Eyes Were Watching God - Zora Neale Hurston
- Valley of the Dolls - Jacqueline Susann
- The Diary of a Provincial Lady - E. M. Delafield
- The Magic Toyshop - Angela Carter
- Excellent Women - Barbara Pym
- 84 Charing Cross Road - Helene Hanff

A única coisa estranha é que a editora não tenha incluído na coleção nenhuma das obras de Sarah Waters.

Falando nela, procurei e não achei: alguém sabe se Fingersmith, o livro, já foi lançado no Brasil?

Shows do NIN cancelados!

Juro que não foi praga minha!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Mulheres de Cabul - Harriet Logan



"Antes da chegada dos Talebans, acreditávamos que eles eram enviados do Rei Zahir Shah, que seriam bons e benevolentes. Mas eles chegaram com suas barbas compridas e turbantes negros, mataram o presidetne Najibullah e muitos mujahideen. Eu nem tinha uma burkha, então tive de emprestar uma da vizinha, ir ao bazar e comprar uma pra mim. Muitas outras mulheres no bazar xingavam os Talebans e compravam, pela primeira vez, aquelas coisas ridículas e repressivas. Eu me senti péssima usando aquilo, e ainda me sinto. A burkha me dá dor de cabeça, porque é muito apertada."
[ Trecho do depoimento de Anisa, uma das mulheres entrevistadas. ]




Amo esse livro. Ganhei da minha avó no aniversário do ano passado. Foi feito por Harriet Logan, uma fotógrafa inglesa que, em 1997, entrevistou e fotografou várias mulheres afegãs. Em 2001, após a queda do Taleban, ela retornou ao país e repetiu o processo. O resultado está no livro, e vale a pena ler/ver.

Título original: Unveiled
Subtítulo: Voices of women in Afghanistan
Autora: Harriet Logan
Tradução: -
Editora: Geração Editorial / Ediouro
Assunto: Entrevistas / Fotografias / Reportagem / Sociologia
Edição: -
Páginas: xxii, 106

Coisas que eu ouço #3

Victor: Onde a gente vai comer?
Nathy: Lá na Fafich.
Victor: Quê? Mas lá é muito longe! Vamos na cantina da Letras, mesmo.
Nathy: Mas lá não tem PORRA nenhuma pra comer!
Victor: Olha, porra não tem, mas tem salgado.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

As Filhas do Botânico / Les Filles du Botaniste



Dirigido por Sijie Dai
França / Canadá, 2006 Cor – 105 min.
Com: Mylène Jampanoï, Xiao Ran Li, Ling Dong Fu, Wei-chang Wang, Nhu Quyhn Nguyen.

.

Tô encantada por esse filme. Lindo demais. E quando o filme é bom, se tem trilha boa, aí é que me conquista de vez. Esta, feita por Eric Levi, caiu muito bem.

Uma coisa que não gostei foi essa tradução do nome. Não é novidade que título em português é algo sofrível, mas nesse houve um pequeno equívoco: 'fille', aqui, não só significa 'filha', como também procura fazer um trocadilho com a palavra 'cunhada', 'belle-fille'. Faltou uma sacada do tradutor. Deveria ter utilizado 'meninas' no lugar de 'filhas, ficaria melhor. Não faz o menor sentido como está.

Mais shows para NÃO ir...


Não bastasse o show do Scorpions que eu não fui; o do Nightwish, que eu provavelmente não vou; e o do Judas e do NIN, que eu com certeza não vou, agora o R.E.M. me resolve fazer a gracinha de tocar no Brasil, também.

R.E.M. em São Paulo
Onde: Via Funchal - R. Funchal, 65, Vila Olímpia
Quando: 10 e 11 de novembro, segunda e terça, às 22h
Quanto: De R$ 200 a R$ 500

Também vão tocar em Porto Alegre, no dia 6, e no Rio, no dia 8.

[ Fonte: Terra ]

domingo, 14 de setembro de 2008

Fremde Haut



Dirigido por Angelina Maccarone
Alemanha / Áustria, 2005 Cor – 97 min.
Com: Jasmin Tabatabai, Anneke Kim Sarnau, Hinnerk Schönemann, Navíd Akhavan, Nina Vorbrodt.

.

"The educated Fariba Tabrizi flies from Teheran to Germany expecting to have asylum, since she is persecuted in Iran due to her lesbian relationship with her beloved Shirin. However, her application is denied by the authorities and Fariba has to return to her home country. When her recent acquaintance Siamak, who is grieving the death of his brother, commits suicide, Fariba assumes his identity and status of political refugee and is sent to a refugee camp in a German village. Fariba finds an illegal work in a cabbage factory and she has many difficulties for not having bath with the other male workers. She becomes close to her colleague Anne and they fall in love for each other. However, prejudice and her illegal condition jeopardize her exile in Germany."
[ Claudio Carvalho para o IMDB ]

Coisas que eu não deveria fazer, mas faço #5

Corujar.

Eu tenho esse péssimo hábito de ficar acordada durante a madrugada. Péssimo porque, a não ser que você seja guarda noturno, artista ou qualquer coisa assim, você está fodido.

Eu tenho aulas todas as manhãs desde sempre, então tenho que abdicar do meu hábito. Com quinze anos, eu ainda me dava ao luxo de dormir na aula para poder assistir o Corujão; agora, já não posso mais. Não tenho minha mãe morando comigo pra me empurrar para o campus todos os dias, e o maldito ônibus sai às 7:00. O máximo do máximo que fico durante a semana é até às 2:00, mas desconto nos finais de semana, quando eu normalmente varo as madrugadas.

O problema é que, apesar de não precisar acordar cedo no domingo, eu geralmente tenho que escolher entre dormir até tarde ou comer, já que nunca dá tempo de ir ao mercado durante a semana, aos sábados eu invento desculpas e aos domingos ele fecha às 14:00.

Soluções: 1. Mudar para o curso noturno; 2.a. construir mercados que funcionem 24 horas por dia em Belo Horizonte; ou 2.b. arranjar alguém pra fazer compras pra mim. Alguém?

.

Update: eu escolhi dormir.

Servindo em Silêncio / Serving in Silence


Dirigido por Jeff Bleckner
EUA, 1995 Cor – 91 min.
Com: Glenn Close, Judy Davis, Jan Rubes, Wendy Makkena, Susan Barnes.

.

Baseado na história real da coronel Margarethe Cammermeyer.

.

Col. Margarethe Cammermeyer: People ask, "Who are you?" We are their daughters, their sisters, their sons, their nurses, their mechanics, their athletes, their police. We're your doctors, your fathers, your politicians, your solidiers, your mothers, your friends. We live with you, we care for you, protect you, teach you, love you and need you. All we ask is that you let us.

Where the hell is Matt?


Where the Hell is Matt? (2008) from Matthew Harding on Vimeo.

Esse video é tãããão bom! Só perde para o Free Hugs.

sábado, 13 de setembro de 2008

Rebeldes / Foxfire


Dirigido por Annette Haywood-Carter
EUA, 1996 Cor – 102 min.
Com: Hedy Burress, Angelina Jolie, Jenny Lewis, Jenny Shimizu, Sarah Rosenberg.

.

Clássico. Toda garota deveria ver esse.

.

Maddy: Where do you live?
Legs: Mostly in my head.

Anatolia Cosplay


Copiando post do Shoujo Café.

Postei mais pra dizer que, apesar de não ser fã de Anatolia Story, gostei muito do deste cosplay. Impecável. E apesar da Valéria-sama não ter gostado do cosplay do Kail, eu gostei bastante. Não é um Takarazuka, mas ainda assim...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

XXY


Dirigido por Lucía Puenzo
Argentina / França / Espanha, 2007 Cor – 86 min.
Com: Inés Efron, Martín Piroyansky, Ricardo Darín, Germán Palacios, Valeria Bertuccelli.

.

Desconcertante. Muito bom.

Feliz (?!?!) 11 de setembro!


No aniversário de sete anos dos atentados ao World Trade Center, o Oddee fez uma compilação de anúncios infelizes utilizando as torres. Profético.

As mulheres da China nunca me cansam...

"Every now and then she and her friends would put on an old Manchu performance for themselves, playing hand drums while they sang and danced. The tunes they played consisted of very simple, repetitive notes and rhythms, and the women made up the lyrics as they went along. The married women sang about their sex lives, and the virgins asked questions about sex. Being mostly illiterate, the women used this as a way to learn about the facts of life. Through their singing, they also talked to each other about their lives and their husbands, and passed on their gossip..

My grandmother loved these gatherings, and would often practice for them at home. She would sit on the kang shaking the hand drum with her left hand and singing to the beat, composing the lyrics as she went along."
- Jung Chang, Wild Swans

Intersections

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Orlando


Dirigido por Sally Potter
Reino Unido / Rússia / França / Itália / Holanda, 1992 Cor – 93 min.
Com: Tilda Swinton, Charlotte Valandrey, Billy Zane, Lothaire Bluteau, John Wood.

.

Princess Sasha: You speak French?
Orlando: A bit. But most of the English can't... don't want to speak other languages.
Princess Sasha: But how do they communicate with foreigners?
Orlando: They speak English harder .

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O Terceiro Sexo


Lindo o documentário O Terceiro Sexo [ 1 2 3 4 ], da National Geographic.

Trata da transexualidade no Oriente, através da tradição dos hijras na Índia e dos kathoey na Tailândia. Vale a pena.

Have you really kissed a girl?


Desde que começou a aparecer na mídia, Katy Perry tem lançado muita polêmica com duas de suas músicas, You Are So Gay e I Kissed A Girl. Bem, eu ainda não me dei ao trabalho de ouvir a primeira, mas sobre esta segunda posso falar.

Desde o começo ela me chamou a atenção. Como já disse, sou vítima de musiquinhas catchy, e esta levou uns dez dias na minha cabeça até começar a me deixar em paz. A música não tem absolutamente nada de especial. E miss Perry é só mais uma cantora pop. Obviamente, a música tem causado certo rebuliço no mundo homo, mas por razões ligeiramente diferentes das que eu percebo.

Recentemente, uma das 'blogueiras' do AfterEllen fez uma breve análise da letra da música e se mostrou indignada a respeito de três pontos:

- "This was never the way I planned / not my intention / I got so brave drinking and / lost my discretion". Segundo Lo, estes versos sugeririam que uma garota só faz isto (beijar outra garota) quando está bêbada.

- Quando ela diz "hope my boyfrined don't mind it", ela não só estaria traindo o namorado, como ainda sabia que ele iria descobrir e esperava que fosse compreensivo, afinal, "que homem hétero se importaria de assistir sua namorada beijar outra garota"?

- Por fim, "it's not what good girls do" ainda defenderia a idéia de que lésbicas não são pessoas boas e o que fazem é errado.

Bem, não há dúvidas de que eu concordo com ela de que a música é realmente uma dor de cabeça, mas meus motivos são outros. No primeiro argumento de Lo, por exemplo, eu não vejo em absoluto o que ela sugere. Não acho que esteja implícito na letra que uma garota deve estar bêbada pra fazer isso. A música sugere um caso pessoal. No segundo caso, eu concordo mais, apesar de achar que o namorado realmente não se importaria - triste, mas verdade, já que nem ela estava levando a coisa a sério. E, finalmente, no terceiro caso eu discordo em absoluto. A cantora apenas citou uma idéia comum: a da good girl. Todo mundo sabe o que é isso. Moças de família, aquelas que são puras e castas. Este é um estereótipo ainda aplicado pela sociedade, com a idéia de que existem certos campos onde uma boa moça não bota os pés. E, claro, lesbianismo é um deles. Ou seja, quando ela diz que 'isto não é algo que uma good girl faça / não é como se devem comportar', ela apenas está repetindo uma idéia social, e não condenando as lésbicas ao inferno.

O buraco, ao meu ver, é bem mais embaixo. Veja estes versos, por exemplo:

"I kissed a girl / just to try it"; "You're my experimental game"; "It's no big deal / it's innocent".

Aí, sim, eu vejo uma certa hostilidade da cantora em relação à homossexualidade. Como se tudo fosse uma brincadeira, uma coisa que se faz por diversão e passa. 'Só para experimentar'. Quando ela diz que é [ uma coisa ] inocente, fica parecendo que meninas são naturalmente castas, não têm desejos, fazem isto por diversão. 'Inocente'. Só não é inocente quando é com homens.

Depois, em:

"Us, girls, we are so magical / soft skin, red lips, so kissable / hard to resist so touchable".

Bem... é assim tão difícil enxergar o problema aí? Garotas mágicas, peles macias, bocas vermelhas. Viva a objetificação, o padrão de beleza. Se não tem estes atributos, não é mágica. Posso parecer chata, mas não consigo entender como uma mulher pode não se sentir frustrada com isso. Não, estes versos não são elogio. Só dizem 'é bom não sair por aí com espinha no rosto e sem maquiagem, querida, ou você perde sua mágica'.

Enfim, já falei muito e só queria mesmo alertar o pessoal prás coisas que a gente ouve. Cuidado. Não tem problema nenhum ouvir, contanto que se saiba onde está pisando pra não cair em armadilhas. Eu mesma volta e meia ouço a tal música, mas cuido de tratar a senhorita Perry como ela me trata: não levo a sério.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Nightwish em BH


Dia 10/11 - Segunda-feira
Horário: às 21h
Preço: R$100,00 e R$50,00 (meia - 1ºlote); R$120,00 e R$60,00 (meia - 2ºlote); R$150,00 e R$75,00 (meia - 3ºlote)

Chevrolet Hall
Av. Nossa Senhora do Carmo - 230
Savassi
Fone: 3209-8989 ou 2191-5700

Fonte: Terra

Peter Callesen


Esse cara virou meu novo ídolo fácil, fácil. Ele trabalha com esculturas em papel. Dêem uma chegada no site pra vocês entenderem bem o que eu tô dizendo.

Meninos Não Choram / Boys Don't Cry


Dirigido por Kimberly Peirce
EUA, 1999 Cor – 118 min.
Com: Hilary Swank, Chloë Sevigny, Peter Sarsgaard, Brendan Sexton III, Alicia Goranson.

.

Tinha me esquecido do quanto esse filme é pesado. Primeiro Oscar de Swank, minha atriz favorita. Baseado em fatos reais.

domingo, 7 de setembro de 2008

Má-Educação / La Mala Educación


Dirigido por Pedro Almodóvar
Espanha, 2004 Cor – 106 min.
Com: Gael García Bernal, Fele Martínez, Daniel Giménez Cacho, Lluís Homar, Francisco Maestre.

Saint Oniisama - Nakamura Hikaru


Quero MUITO ler! Se alguém souber de algum scanlator que esteja publicando, please let me know.

sábado, 6 de setembro de 2008

Ressuscitando


Pra matar o tempo - enquanto a furadeira não chega.

...

E então, o meu quarto, que já estava uma bagunça dos diabos, agora está impossível. Tem caixas e mais caixas de guarda-roupa, mesa e cadeira desmontados. Tentei montar pelo menos a mesinha, pra tacar no canto e jogar tdo em cima, mas não deu. Mesa dumal, manual mais dumal ainda.

O melhor de tudo é que tem mais um caminhão de coisas chegando, incluindo a minha cama. Ou seja, mais coisas pra montar.

Tenham um bom fim de semana, porque, pelo que parece, o meu vai ser bem ocupado.

Claudine - Ikeda Riyoko


Um dos primeiros mangás a tratar - abertamente - sobre lesbianismo e transexualismo. Criado por ninguém menos que, claro, Ikeda. Pra quem já leu os clássicos A Rosa de Versalhes, Oniisama E e Orpheus no Mado, o traço é facilmente reconhecível, e a fisionomia da personagem principal é semelhante às das personagens destas obras.

[ Review do Shoujo Café. ATENÇÃO, SPOILERS! ]

Um dos meus favoritos. Perdi as contas de quantas vezes já li. O que eu menos gosto é que é volume único, então acaba depressa demais.

Pra quem gosta de shoujo clássico, ou tem interesse nos temas tratados, é obrigação.

.

Autora: Ikeda Riyoko
Publicado em: 1974
Volume único

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

The Bechdel rule


Condições para um bom filme:

1. Ter pelo menos duas mulheres...
2. ...que conversem entre si...
3. ...sobre algo que não seja 'homens'.

Adoto a regra.

.

Post-scriptum: Abro a exceção para 'La Mala Educación', porque Almodóvar é Almodóvar, e homoerotismo entre Martínez e Bernal é irresistível.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Fingersmith


Dirigido por Aisling Walsh
Reino Unido, 2005 Cor – 181 min.
Com: Elaine Cassidy, Sally Hawkins, Rupert Evans, Imelda Stauton, Charles Dance.

.

Sue Trinder: If I'd have said I love you, she'd have said it back. And then everything would have been different. I might have saved her... I might have found a way to keep her from her fate.

.

Tô babando até agora.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Legaturi Bolnavicioase




Dirigido por Tudor Giurgiu
Romênia/França, 2006 Cor – 86 min.
Com: Maria Popistasu, Ioana Barbu, Tudor Chirila, Catalina Murgea, Mircea Diaconu.

.

De longe o melhor filme que eu já vi do gênero. Não sei se são as atrizes, não sei se é o clima, não sei se é o romeno... ah, o romeno!